Estamos chegando ao final de mais um outubro Rosa. Nosso desejo é que sua Mocidade tenha se envolvido, discutindo e trazendo a comunidade a pensar sobre a temática, câncer de mama.
Mas espere um pouco, não vamos nos despedir deste mês sem antes ler e compartilhar o texto esclarecedor do irmão Luis Fernando Corrêa, da Igreja Presbiteriana Betânia em Cuiabá.
Mulheres abaixo dos 40 anos devem fazer rastreamento para o câncer de mama?
Não! Não é indicado e nem justificado o rastreamento rotineiro com utilização de mamografia periódica ou outro método de imagem para mulheres com menos de 40 anos. Sabe-se que a neoplasia mamária é incomum abaixo dessa idade, representando cerca de 6 a 7% do total dos casos. Diversos estudos científicos mostram que o número de achados falso-positivos (quando o exame dá alterado, mas a mulher não tem câncer) é mais elevado nessa faixa etária, causando ansiedade ou levando a procedimentos diagnósticos invasivos desnecessários. Porém, embora o rastreamento não seja indicado de forma rotineira, casos individuais podem indicar uma atenção maior. Vamos explicar:
A idade é um dos fatores de risco mais importante para o surgimento da neoplasia mamária, sendo mais frequente a partir dos 50 anos. Vários trabalhos científicos demonstram que a utilização da mamografia como rastreamento, anualmente, na faixa etária dos 40 anos ou mais, diminui a mortalidade por câncer de mama. O mesmo não ocorre quando se usa tais exames em pacientes mais jovens.
Então, qual conduta devemos tomar frente a essas pacientes mais jovens? É fundamental orientar as pacientes abaixo de 40 anos a irem pelo menos 2 vezes por ano em um médico Ginecologista que é o profissional competente para colher a história pessoal e familiar dessa paciente e avaliar clinicamente as suas mamas.
Os seguintes dados do histórico familiar indicam um risco aumentado dessa paciente desenvolver um câncer de mama precoce:
1. Câncer de mama, principalmente em parentes de 1º grau com menos de 50 anos de idade;
2. Câncer de ovário em familiares ou na própria paciente em questão;
3. Câncer de mama em homem da sua família (cerca de 1% dos casos de câncer de mama ocorrem em homens).
Nesses casos, é recomendado que as pacientes procurem um Mastologista. O mesmo ocorre se o Ginecologista identificar alteração no exame clínico das mamas, ou em exames de imagem.
Após o encaminhamento para o Mastologista, essas pacientes serão acompanhadas individualmente e o profissional irá verificar quais exames e conduta devem ser adotados para cada caso específico.
Vale ressaltar, que independente da idade é possível fazer a prevenção primária com prática regular de exercícios físicos, evitar consumo de álcool, a obesidade e tabagismo e manter uma alimentação saudável.
Lembre-se, sempre que houver dúvidas ou necessidade de esclarecimento profissional, procure um médico ginecologista ou mastologista.
Dr. Luis Fernando Corrêa de Barros
Mastologista
When you subscribe to the blog, we will send you an e-mail when there are new updates on the site so you wouldn't miss them.
By accepting you will be accessing a service provided by a third-party external to https://ump.org.br/