Setembro Amarelo

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A campanha "Setembro Amarelo" tem como objetivo conscientizar a população sobre o tema visto por muitos como tabu, o suicídio. Surge-se então, o seguinte questionamento: porque falar sobre este assunto? E a resposta é clara. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) em seu relatório apontou o suicídio como uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo, sendo maior que as mortes provocadas pelo HIV, malária, câncer de mama, e até do que guerras e homicídio. Outro dado importante destacado no relatório da OMS é que a cada 40 segundos, uma pessoa tenta tirar a sua própria vida, apesar desse dado não representar fielmente a quantidade, pois para cada morte existem inúmeras tentativas que não são contabilizadas.

Diante da realidade que enfrentamos e ainda estamos enfrentando de pandemia e seu pós, se torna ainda mais preocupante, pois fomos expostos a diversos fatores de risco, como: o isolamento, a crise financeira, a própria condição de saúde pós COVID, o aumento de transtornos psicológicos, entre outros.

Após olhar esses dados, percebemos a necessidade da conscientização sobre o suicídio, não apenas durante o mês de setembro, mas durante todo o ano. Mas como faremos isso?

O primeiro passo é falar sobre esse assunto, sem medo, sem inseguranças e se estiver sentindo dificuldades, converse ou convide um profissional da área da saúde para compartilhar informações sobre o tema, pois muitos ainda não falam ou não pedem ajuda pelo estigma e pelo preconceito. Diante disso, é necessário criarmos ambientes seguros com fortes vínculos, onde as pessoas se sintam livres para se expressarem e assim prevenir o suicídio.

Em segundo lugar, é importante saber identificar além dos fatores de risco listados acima, o comportamento das pessoas em sofrimento psíquico, pois antes de vir a cometer o ato em si, elas pensam, planejam e tentam o suicídio. Mas como saber qual comportamento é este? Isolamento da família, amigos e trabalho, falas com sentimentos de desesperança, perda de prazer por atividades que antes gostava de fazer, postar nas redes sociais sobre tristeza ou sobre como a morte resolveria todos os seus problemas, ou ouvir as seguintes frases: "Eu não aguento mais", "Sou um peso na vida dos outros", "Os outros seriam mais felizes se eu não estivesse aqui", "Queria sair andando e não voltar nunca mais", são alguns exemplos. Fique atento!

Em terceiro lugar, coloque-se à disposição para ouvir essa pessoa, com sensibilidade, entendendo que o sofrimento dela é verdadeiro, como escrito em Gálatas 6:2 na NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje), "Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo à lei de Cristo.", ou seja, é uma ordenança e esse tem que ser o papel da igreja diante deste cenário caótico que temos enfrentado, pois acredita-se que a grande maioria das pessoas que cometem o suicídio não querem de fato deixar de viver, mas sim, se livrar do sofrimento no qual não encontram mais possibilidades de resolvê-los. Por isso é importante fazê-la entender a importância do acompanhamento profissional e pastoral para ajudá-la a criar mecanismos para solucionar os problemas, visto que um dos fatores de proteção, que mantém as pessoas firmes é a esperança em Cristo, a esperança em dias melhores, como escrito em João 16:33 na versão Almeida Revista e Atualizada, "Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo."

Por fim, caso você que está lendo esse texto, identificou certos pensamentos ou sentimentos, busque ajuda, não tenha medo, converse com seu pastor, com sua liderança, com pessoas em que você confia, e se sentir que não há ninguém em que possa confiar, entre em contato com o Centro de Valorização à Vida (CVV), pelo número 188, no qual a ligação é gratuita e funciona 24h por dia, todos os dias da semana de forma sigilosa ou pelo site: www.cvv.org.br.

"Que a esperança que vocês têm os mantenha alegres; aguentem com paciência os sofrimentos e orem sempre. - Romanos 12:12 NTLH" 

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