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Algumas reflexões sobre confessionalidade

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"Antes de tudo, entreguei a vocês o que também recebi..." (1Co 15.3)

Meu Deus, como nossa vida é exageradamente corrida! Corrida e cheia de coisas, de informações. Eu fico pensando: quanto das informações que recebemos diariamente são realmente úteis e valiosas? Metade? Uns 10%? 5%? Duvido!

Certa vez, o pr. John Piper disse que nós não precisamos saber muitas coisas nessa vida, mas somente aquelas poucas coisas pelas quais daríamos nossa vida! Nós cristãos sabemos muito bem (ou mais ou menos bem?) que coisas, que verdades são essas. E se essas verdades são tão valiosas assim, é de se esperar que, no meio do turbilhão de informações e aprendizados inúteis, o cristão vez ou outra pare e volte a atenção a elas.

Escrevendo aos Coríntios, Paulo, no finzinho da carta, exorta a igreja a se manter firme no evangelho:

"Irmãos, venho lembrar-lhes o evangelho que anunciei a vocês, o qual vocês receberam e no qual continuam firmes. Por meio dele vocês também são salvos, se retiverem a palavra assim tal como a preguei a vocês, a menos que tenham crido em vão" (1Co 15.1,2).

Logo em seguida, ele passa a fornecer uma espécie de credo que resume os principais pontos do evangelho. O apóstolo introduz o "credo" com a expressão "Antes de tudo, entreguei a vocês o que também recebi...", a mesma expressão do clássico texto sobre a Ceia (1Co 11.23), usada para se referir a algo que não saiu da cabeça de Paulo, que ele não havia inventado, mas sim tinha lhe sido transmitido, ou seja, uma... tradição.

Não é preciso muito para perceber o quanto o credo de 1Co 15 se parece com a seção cristológica do Credo Apostólico. Não é de se estranhar: aquelas verdades foram sendo pregadas, cridas e transmitidas desde o início pelos cristãos. Ao longo da história elas se consolidaram em formulações como a do já citado Credo dos Apóstolos.

Portanto, todo o cristão durante a vida deve se sentir instigado a voltar os olhos, a mente e o coração para as velhas verdades do evangelho que nos unem com irmãos de todo lugar e de todos os tempos. Certamente o habitat por excelência dessas verdades é a Bíblia. Mas, a partir da leitura bíblica, a Igreja tem, ao longo dos anos, formulado Credos, Declarações de Fé, Confissões e Catecismos belíssimos e instrutivos para nossa formação espiritual.

Eu estou na primeira daquelas fases em que a gente começa a refletir mais seriamente na vida: casei há pouco tempo. Em breve virão as próximas dessas fases: os filhos (amém!), os genros (misericórdia), os netos. A cada ano que passa, o desejo de desacelerar a vida e voltar ao que realmente importa se cristaliza. Porque é isso que vai ficar, não é mesmo?! As verdades sobre quem Deus é, o que Cristo fez por nós habitarão conosco para sempre enquanto nós, enfim, estivermos habitando com nosso Senhor eternamente.

Que tal desacelerar um pouco hoje e ler com a família um desses documentos confessionais? Eu sempre me sinto mais perto dos crentes do passado quando leio essas coisas.

Deus nos dê a graça de estarmos focados e unidos nas poucas coisas que realmente importam, que importarão para sempre!

-  Misael Pulhes

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