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Dia da Reforma Protestante: lembrando do poder de Deus

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Em 31 de outubro de 1517, Lutero, que na época tinha 33 anos, pregou nas portas da igreja do Castelo de Wittemberg as 95 teses. Com isso, o jovem monge pretendia reformar práticas e doutrinas da Igreja que estavam em oposição ao ensino das Escrituras.

As teses de Lutero não foram bem aceitas pela Igreja o que ocasionou sua excomunhão e desencadeou o surgimento da Reforma Protestante. Movimento que buscava a pureza da Igreja com seu retorno à Palavra de Deus.

Com a Reforma, vemos mais uma vez o poder de Deus em preservar a sua Igreja através da história. Desde a criação, o Senhor proveu meios de manutenção do seu povo, como prometido em Gênesis, livrando-os da destruição. No movimento da Reforma Protestante, mais uma vez o Senhor livra sua Igreja da apostasia completa e do afastamento do ensino bíblico.

O lema da reforma protestante foi: "Igreja reformada, sempre se reformando". Com ele, os reformadores buscaram deixar claro a necessidade de uma vigilância constante do povo de Deus em manter-se alinhado às Escrituras e que todo movimento de desacordo deveria ser seguido de uma nova reforma e redirecionamento.

Como características de uma Igreja pura, 5 lemas foram estabelecidos. Conhecidos como 5 solas, eles deveriam servir de base para uma Igreja fiel a Deus. São eles: Sola Scriptura = somente a escritura; solus Christus = somente Cristo; sola gratia = somente a graça; sola fide = somente a fé; soli Deo gloria = somente a Deus a glória. Uma Igreja saudável deveria ter somente a Bíblia como regra de fé e prática (II Tm. 3:16-17), somente Cristo como mediador entre Deus e os homens (I Tm. 2:5-6), somente a graça de Deus sendo eficaz para salvar o homem pecador (Ef. 2:1-9), somente a fé dada por Deus habilitando o homem a uma vida de santidade (Rm. 1:16-17) e somente Deus digno de glória, pois tudo é Dele e para Ele (Rm. 11:36).

Ao celebrar a Reforma Protestante, devemos considerar, não apenas, seu valor histórico, mas relembrar nosso dever de fidelidade a Deus e à sua Palavra. Devemos ser imitadores daqueles que batalharam pela preservação da fidelidade da Igreja, imitando a fé que tiveram, sabendo que o mesmo Senhor que usou homens do passado, como Lutero, pode nos usar também como instrumentos em suas mãos (Hb. 13:7-8).

O Senhor continuará a preservar sua noiva (a Igreja), até sua segunda vinda, quando reformas não serão mais necessárias, pois o corpo de Cristo será purificado completamente e não haverá mais possibilidade de erro e pecado. Enquanto aguardamos esse glorioso dia, que possamos guardar o verdadeiro tesouro da Igreja, que é o evangelho da graça de Deus, conforme descrito na tese n.º 62 de Lutero. Que possamos compartilhar desse tesouro àqueles que ainda não o conhecem.

Soli Deo Gloria

Autor: Auriesley Lima de Almeida Junior


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